As Lutas Do Movimento Feminista
No Séc. XX E Seus Efeitos No Século XXI.
[1]Aline De Souza Dos Santos
Andreza
Estrela Ribeiro Lopes
Iara
Santos De Souza
Isabelle
Dos Santos Borges
Izabela
Nariele da Silva Pereira
Lucas
Fernando de Souza Cerqueira
Maisa
Melo De Santana
Maria
Eduarda De Jesus Silva
Thailah
Emanuelle Da Silva Gomes
Regina
Dos Anjos Cardoso
Resumo:
Neste presente trabalho iremos abordar sobre as realidades que abrangem o
feminismo, englobando descrições de como esse movimento se difundiu no exterior
e no Brasil, salientando aspectos relevantes acerca desse tema, incluindo as
mudanças oriundas do feminismo que se manifestam em diversos setores da
sociedade, considerando também de extrema importância o tipo de feminismo
encabeçado pelas negras.
ABSTRACT: In this paper we will discuss the realities that
encompass feminism, encompassing descriptions of how this movement spread
abroad and in Brazil, highlighting relevant aspects on this theme, including
the changes that have emerged from feminism that are manifested in several
sectors of society, considering also of extreme importance the kind of feminism
headed by the blacks.
Palavras-chaves: Conquistas ;Igualdade ;Direitos; Progressos; Reivindicações.
O feminismo é o movimento social que tem por objetivo a
igualdade de direitos e deveres entre os gêneros, fazendo com que as mulheres tenham
participação na sociedade tanto quanto os homens.
O movimento feminista inicia durante a revolução
Francesa, quando a França passa por uma situação complicada no sistema
político, e isso fez com que movimento feminista se fortificasse gerando um impulsionamento, questionando o
papel da mulher durante aquele presente momento, nas situações tanto políticas,
social, econômica, educacional, jurídica, familiar. O movimento feminista
durante essa fase da Revolução Francesa lutava pela desapropriação da mulher e
seus filhos como objetos dos homens na sociedade. A mulher durante essa época,
não tinha direitos e não tinha nenhum papel além do de doméstica.
Movimento feminista
no contexto mundial
Em 1848, após o crescimento do sistema capitalista, os
donos das fábricas buscavam por mão de obra barata. Homens, mulheres e crianças
eram usados para o crescimento e riqueza dos donos das grandes indústrias. Os donos das fábricas alegavam que as
mulheres deveriam receber menos do que recebiam por conta da possibilidade que
as mulheres têm de engravidar. As mulheres que trabalhavam nas fábricas
recebiam um terço do salário que os homens receberiam naquela época. Muitos
trabalhavam em troca de comida ou local para dormir.
Os trabalhadores trabalhavam cerca de 10 a 16 horas por
dia. A mulher tinha uma tripla jornada de trabalho, pois além do trabalho
formal, ainda tinha o trabalho domestico, com as tarefas domésticas, e ainda
cuidavam dos seus filhos (naquela época não existiam outras alternativas
educacionais para crianças, como a creche). As mulheres tinham que ter a
permissão de seu marido para trabalhar e o pouco que recebiam tinham que
entregar aos seus respectivos maridos.
As mulheres perceberam a injustiça que estava
acontecendo, trabalhavam até 16 horas por dia, recebiam uma miséria e não
tinham o direito de reclamar, e isso incentivou o movimento feminista. A
diminuição da carga horária de trabalho, a possibilidade de votar, a igualdade
jurídica e salários iguais aos gêneros se transformaram em motivos de
reivindicações feministas.
No século XIX, em Nova York e no Reino Unido, as mulheres
já estavam lutando pelo abolicionismo.
No início do século XX, com a Revolução Russa de 1917, a Finlândia
concede o direito ao voto as mulheres em 1906, e em outros países. No Brasil, o direito ao voto só é conquistado
durante a Era Vargas, em 1932, depois de muitas reivindicações. Até 1965,
apenas mulheres acima dos 30 anos e com certa condição financeira poderiam ter
participação política, como o direito de votar e se candidatar.
No final do século XX, o movimento feminista buscava pelo
fim da desigualdade entre os sexos e a descriminalização contra as mulheres,
que começaram a resolver conflitos internos, falhas que foram deixadas e que
existem desde o início do movimento (como o fato do movimento feminista ser
impulsionado desde a primeira onda por mulheres brancas de classe média alta da
sociedade) excluindo as mulheres negras
que foram pouco inseridas no movimento durante as lutas do movimento feminista.
O próprio questionamento do movimento fez com que as
mulheres negras se destacassem nesse meio e colocassem em questão a diferença
que existe em diferentes condições sociais e étnicas. Esses novos
questionamentos internos fizeram com que o movimento feminista se modificasse e
surgisse novas ideias e estratégias.
No início da década de 1990, o movimento em questão
lutava pela libertação das mulheres. Elas denunciavam a existência de uma opressão
machista que sempre prevaleceu na sociedade, e que afetava mulheres sejam de
diferentes classes, culturais etc. Elas mostram que apesar da conquista dos
direitos (tanto jurídicos, políticos quanto econômicos) ainda era eminente a
opressão existente. O movimento feminista consegue mostrar que a desigualdade
de gêneros masculino e feminino ainda é atuante, e nota-se a ideia de
inferioridade.
Impulsionado pela criação dos métodos contraceptivos, o
feminismo incentiva as mulheres na questão da liberdade do corpo feminino, da
estética, da escolha de vida maternal e em relação ao sexo. Podemos observar
que muito antes do movimento há a falta de questionamento em relação ao papel
da mulher na sociedade. Também observa-se a submissão que a mulher teve ao
homem durante muito tempo, e essas opressões fizeram com que fossem encorajadas
a cada vez mais a reivindicarem contra essa sociedade machista.
Movimento Feminista
No Brasil
Surgiu no Brasil durante o século XIX, com o intuito de
identificar e denunciar discriminações e a desigualdade que aflige a mulher
brasileira que luta por igualdade social, política e econômica. Durante vários
séculos as mulheres eram submetidas aos deveres e atividades do lar e eram
consideradas posse de seu pai na infância e de seu marido após o casamento.
Com passar do tempo as mulheres sentiram necessidade de
tornar-se independente em diversas situações. Na nação brasileira, no século XX
o feminismo foi marcado por diversas lutas e várias conquistas muito
importantes para as mulheres, entre suas primeiras lutas está a tentativa de
conseguir igualdade em ambos os sexos, a sua liberdade de poder estudar, e
poder desempenhar um papel profissional remunerado. E entre essas lutas a do
direito ao voto foi uma das mais importantes e significativas. Foi fundada em
1919 a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF) por Berta Lutz,
considerada a precursora do feminismo brasileiro. Essa Federação lutava pelo
direito ao voto e a independência da Mulher em relação à posse de seu esposo.
Os primeiros Estados brasileiros a tornarem aceito o voto feminino foram Rio
Grande do Norte e Minas Gerais.
O voto feminino foi adquirido durante o governo de
Getúlio Vargas como já foi supracitado acima, que foi reconhecido através da
Constituição de 1934. Durante os anos as mulheres ocupavam mais espaços aos
poucos, de maneira vagarosa. Entre os anos de 1980 o feminismo procurou lutar
contra violência às mulheres e no ano de 1985 foi criado o Conselho Nacional
dos Direitos da Mulher (CNDM).
É importante ressaltar que a participação das mulheres na
luta armada para combater a ditadura militar no Brasil foi de extrema
importância, durante o regime foram formados vários grupos para o combate do
mesmo e entre essas formações a presença da mulher foi de uma importância
significativa, porém, essa participação não foi muito vista nos dias atuais.
O Feminismo Liderado
Pelas Negras
O feminismo negro ficou famoso no Brasil no final da
década de 70 e início da década de 80, que tinha como objetivo fazer as
mulheres negras serem reconhecidas, já que o movimento feminista era somente
ligado a brancas e na maioria das vezes de classe média, ou seja, não se
aplicava a mulheres negras, já que elas eram apenas vistas como serventes de
pessoas com tonalidades diferentes das delas. Nessa situação, o fato de terem
pele negra era algo que condicionava um maltrato direcionado a elas e ainda por
cima tinha um “agravante” o fato de pertencerem ao gênero feminino. Além de
sofrerem opressão, por causa do seu gênero, também sofriam por causa da cor da
sua pele, O feminismo negro, é uma das ideologias do feminismo, que diz que a
opressão, é diferente em cada classe, o preconceito e opressão para uma mulher
negra, é de uma certa forma diferente, o feminismo em si, luta pela igualdade,
de que uma mulher possa fazer o mesmo que um homem, porém, mulheres negras,
sempre foram tratadas como apenas objetos de trabalho, sempre foram usadas com
objeto de trabalho e satisfação, então, mulheres atuantes no movimento
feminista e o movimento antirracismo, decidiram que a opressão estava ligada ao
racismo, então, existe varias formas de opressão pela identidade de gênero, o
movimento feminista, é luta pela igualdade, porém não coincide completamente
com a realidade de uma mulher negra, o feminismo negro luta pela liberdade para
que uma mulher negra não seja vista, como um objeto sexual, que ela possa fazer
suas próprias escolhas.
Sojourner Truth foi uma mulher negra escravizada, virou
oradora e em um discurso numa convenção, Sojourner fala sobre ser negra e
mulher.
Aquele homem ali diz que é preciso ajudar as
mulheres a subir numa carruagem, é preciso carregá-las quando atravessam um
lamaçal e que devem ocupar sempre os melhores lugares. Nunca ninguém me ajuda a
subir numa carruagem, a passar por cima da lama ou me cede o melhor lugar! E
não sou uma mulher? (…) -[2]
Existem feministas brancas que acham que todas as
mulheres, independente da cor são unidas, e não percebem que isso não é
verdade. Não foi fácil haver um movimento feminista negro, já que no começo do
feminismo ainda existia escravização, de certa forma, ainda existia, e ainda
existe, o preconceito por causa da cor da pele, então, mesmo sendo mulheres,
algumas feministas brancas, não aceitavam a ideia de que a opressão de gênero
estava ligada ao racismo. O feminismo negro também é uma luta para igualar o
seu lugar ao lugar das mulheres brancas, e com isso levanta questões sobre a
representação da mulher na mídia, da mulher no mercado de trabalho, e a
violência domestica e sexual, e outros casos de opressão, o fato de mulheres
negras lutam com tantas dificuldades
para conquistarem igualdade, com outras pessoas do seu mesmo gênero é
preocupante. Por sua vez, o movimento negro é social, e tem aquela organização
que protagoniza as mulheres negras, e obviamente com o intuito de ter mais
visibilidades às suas conquistas diárias, e pautas com o objetivo de
reivindicar seus direitos. As lutas feministas foram cada vez mais se
reerguendo e ganhando mais importância. Tivemos grandes mulheres negras que
fizeram história.
Esse movimento negro tem um papel social muito importante
para o Brasil e o mundo, a luta contra o machismo e racismo, luta das mulheres
que sofre uma opressão e dominação masculina, buscam a igualdade de direitos
justos entre as mulheres e os homens. O movimento feminista negro traz a
reflexão sobre as diferenças entre as mulheres brancas e as negras, mostrando
que as mulheres brancas também sofrem mas as negras têm um tem um preconceito a
mais, que é sobre sua raça e cor, as diferenças se concretizam quando demonstra
que nem todas as feministas são realmente iguais, se diferenciam para aquelas
que vieram por exemplo da Periferia, de família de classe baixa ou média e de
cabelos crespos ou não padronizados pela mídia, a mobilização das mulheres em
vários outros movimentos sociais começa a partir desse período, uma crítica à
forma como são tratadas.
O feminismo negro está defendendo uma compreensão mais
matizada de como a opressão opera diante as mulheres negras. O desenvolvimento
de definições adequadas do pensamento feminista negro enfrenta um complexo de
relações entre a classificação biológica, a construção social de raça e gênero
como categorias de análises, ideias compartilhadas por mulheres afro-americanas
que proporcionam um ângulo de visão único sobre si, teorias que interpretam
essas experiências como de feministas que amostram uma realidade das mulheres
negras por aquelas que realmente vivem. A orientação sexual fornece outro fator
muito importante. As lésbicas negras identificam a homofobia em geral e as questões
de enfrentar e viver sendo lésbicas em uma comunidade homofóbica, buscando
direito como o casamento civil e lutando contra o sexismo, machismo, racismo e
homofobia.
Os reflexos causados pelo feminismo atingem vários campos
da sociedade, como avanços em relação à criação de leis em prol da proteção das
mulheres e punição mais severa dos agressores que por tanto tempo viveram
protegidos pela sociedade que tinha uma postura arcaica, que geralmente se
silenciava diante de circunstâncias em que um homem maltratava alguém do sexo
oposto. No quadro de conquistas também estão incluídas o aumento nas
oportunidades de emprego para as mulheres, condição que expressa um grande
avanço se pensarmos que antes era algo inatingível uma mulher almejar
desempenhar uma atividade profissional, o direito à decidir o que fazer ou não
com o próprio corpo, questão que engloba decisões em relação à saúde, por
exemplo o fato de poderem ter acesso a anticoncepcionais e a abortarem se for da
vontade de quem está grávida. A aceitação por parte da sociedade acerca do que
o movimento feminista conquistou passou de modo gradativo a se intensificar,
por exemplo, ninguém considera um direito sem cabimento o que foi dado às
mulheres que possibilitou a obtenção de alguma propriedade, como um imóvel, ou
terra, algo que foge da realidade do passado, que proibia totalmente isso.
Porém, ainda há aspectos que precisam ser efetivamente atingidos, ainda hoje
existe discrepância em relação aos salários de homens e mulheres que estão no
mesmo cargo e que têm a mesma instrução, nessa situação os homens permanecem
ganhando mais. As lutas das feministas vai a fundo, tem o objetivo de
neutralizar tudo e qualquer condição que transpareça superioridade masculina
sobre as mulheres, se engajaram até a buscar acabar com a utilização de termos
sexistas, como passar a designar mulheres de qualquer estado civil de
“senhorita” e não apenas as solteiras. Também condenam a prática comum do uso
de palavras do gênero masculino para designar algumas coisas que estejam
escritas em ambos os gêneros, o porquê dessa inquietação por parte das
feministas em relação à isso se dá porque acreditam que a linguagem está
diretamente relacionada ao modo que se entende e vê a sociedade.
A aversão às ideologias feministas se dão por N motivos,
um dos diz que o fato de as mulheres buscarem ter poder, pode acarretar em um enfraquecimento na questão da educação
moral, porém, é importante frisar que o papel de transmitir valores sócias aos
jovens e crianças não deve ser incumbência apenas da mulher, ou seja, não deve
ser única e exclusivamente cobrada essa função somente da mãe, e se houver
alguma falha ao passar os ensinamentos morais, a responsabilidade deve ser
atribuída tanto a mãe quanto ao pai. Ao tratar sobre religião, esse movimento
causou efeitos marcantes, as mulheres podem agora ficar em algumas posições que
antes não era possível, como por exemplo, no judaísmo abriu-se a possiblidade
de mulheres serem feitas rabinas, e assim indicando a obtenção de progressos
que seguem para a conquista da tão sonhada igualdade entre gêneros nesse
quesito, mas o processo ainda tem que se desenvolver mais porque algumas
religiões relutam em aceitarem mudanças, e permanecem sem autorizarem que
mulheres ocupem papeis importadores na hierarquia, a imposição da cultura islã
mesmo considera que mulheres não devem sequer ocupar papéis relevantes em
relação à religião, a tradição islâmica é muito delicada se pensarmos como um
todo, no século XXI perdura até hoje uma dificuldade muito grande para mulheres
conseguirem ter acesso ao estudo que é um direito básico, é liberado, mas,
existem barreiras provenientes da cultura lá instalada que distanciam as
mulheres do conhecimento.
Bibliografia
Quais
os efeitos do feminismo no Ocidente.
(28 de Março de 2008). Fonte: wordpress:
https://acheitudo.wordpress.com/2008/03/28/quais-os-efeitos-do-feminismo-no-ocidente/
AS TRAJETÓRIAS E LUTAS DO MOVIMENTO FEMINISTA NO BR. (31 de Maio de 2013). Fonte: IV Seminário CETROS :
http://www.uece.br/eventos/seminariocetros/anais/trabalhos_completos/69-17225-08072013-161937.pdf
Primeira Onda Feminista. (2013). Fonte: InfoEscola:
https://www.infoescola.com/historia/primeira-onda-feminista/
A história da primeira onda feminista. (17 de Setembro de 2017). Fonte: Carta Capital:
http://justificando.cartacapital.com.br/2017/09/14/historia-da-primeira-onda-feminista/
Feminismo no século 21: quais são as novas lutas? (s.d.). Fonte: VILA MULHER:
http://vilamulher.uol.com.br/bem-estar/comportamento/feminismo-no-seculo-21-quais-sao-as-novas-lutas-8669.html
A fatura da luta feminista que ainda está em aberto. (4 de 2015 de Novembro). Fonte: El País:
https://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/03/politica/1446587267_358938.html
Sexualidade E Feminismo. (s.d.). Fonte: wordpress:
https://coletivomariasbaderna.files.wordpress.com/2012/09/nalu.pdf
-Acredito que não dá para dizer que o movimento feminista inicia-se na Revolução Francesa. Podemos dizer que nesse momento se inicia uma discussão sobre os direitos das mulheres na sociedade contemporânea.
ResponderExcluir-Belo texto!